A seca é um dos fantasmas que assombram o nosso futuro, atormentado de eventos extremos a curto, médio e longo prazo em todo o mundo, como ciclones, inundações ou secas devidas às famigeradas alterações climáticas.
Na Europa, as previsões não são nada promissoras para o que resta do século, alerta um estudo recente levado a cabo por cientistas do Centro Comum de Investigação (CCI) da Comissão Europeia e da Universidade de Kassel, na Alemanha.
Prevê-se que durante o século XXI não caia muita chuva. Se o estudo não errar as suas previsões, haverá falta de água, secas e más colheitas agrícolas devido à falta de água que se prevê acontecer no continente europeu.
Calor extremo
Num artigo sobre a investigação publicado na revista Hydrology and Earth System Sciences é explicado que “muitas bacias fluviais, especialmente nas zonas do sul da Europa, serão mais propensas à seca”, afirma Giovanni Forzieri, director do estudo.
Logicamente, a seca traduzir-se-á em mais encargos para a sociedade, assim como um duro golpe para o meio ambiente. As suas consequências far-se-ão sentir sobretudo nas regiões onde deverá haver maiores aumentos de temperatura e um consumo intensivo de água, tornando as secas ainda mais graves.
A Europa meridional irá sofrer severamente com este problema. Segundo o estudo, as regiões do sul serão as mais afectadas, com uma redução do caudal dos rios até 40 por cento, e um aumento de até 80 por cento dos períodos de falta de água.
Os sinais vermelhos estão a acender-se para o sul da França, Itália, os Balcãs e a Península Ibérica que poderá sofrer um aumento até 5 graus centígrados nas temperaturas medias durante o período estival.