Fusão nuclear, energia limpa e inesgotável

fusão nuclearOs cientistas têm vindo há décadas a tentar demonstrar a viabilidade da fusão nuclear, ou seja, um tipo de energia semelhante à que é produzida pelas estrelas, como por exemplo, o sol. Estima-se que a partir de uma única grama de matéria seja possível gerar a energia equivalente a oito toneladas de petróleo. Trata-se de uma energia inesgotável, limpa e totalmente segura.

O objectivo seria tentar produzi-la primeiro, para de seguida tentar rentabilizá-la. No entanto, o caminho a percorrer é ainda longo e sem garantias de êxito, ou seja, comercializável, embora a demanda por novas fontes de energia não cesse de aumentar em todo o mundo.

São várias as investigações levadas a cabo em diferentes partes do mundo, mas todas perseguem o mesmo objectivo, embora sigam caminhos diferentes. Não posso deixar de mencionar a impressionante infra-estrutura conhecida como ITER, cujo desafio é assinalar os passos a seguir para alcançar o objectivo da construção de um reactor comercial que consiga produzir esta energia perfeita.

A sua construção deverá arrancar por volta do ano de 2035 e, se tudo correr bem, para 2050 poderá ser já uma realidade ou, será o mesmo que dizer, que a electricidade seria fornecida por centrais eléctricas alimentadas por processos de fusão nuclear.

 

Em busca do Santo Graal

“Se algo falhar, essa temperatura de 200 milhões de graus, esfriaria e a reacção apagar-se-ia. Seria impossível haver um acidente, pois apenas trabalhamos com um grama de matéria”, explica Steve Cowley, director do programa de fusão britânico, cujo centro de operações fica situado a sul de Oxford.

Para além do reactor nuclear que irá operar a partir de 2020 em Cadarache (França) e de se esperar que multiplique por dez a energia de partida, os investigadores americanos conseguiram fazer com que pela primeira vez a fusão nuclear produzisse mais energia do que a necessária para ser colocada em marcha. Além do mais, ainda o conseguiram fazer a partir de um combustível limpo, como é o caso do hidrogénio.

No entanto, e segundo o que foi publicado na revista Nature, a libertação de energia superou a que foi absorvida pelo combustível, permitindo mais do que a auto-suficiência do próprio processo, ou seja, houve excesso de energia produzida. Foi assim que esta experiência da National Ignition Facility (NIF), para além de produzir energia de fusão, algo que já não é novidade, conseguiu também ser rentável.

Agora, o desafio seguinte será conseguir com que essa reacção seja continua e se torne sustentável ao longo do tempo, de forma a possibilitar o seu uso comercial. Espero que consigam realmente fazer com que a reacção seja contínua, o que permitiria solucionar os problemas energéticos mundiais. Será que é desta?

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