Segundo um novo relatório publicado na revista Reproductive Biomedicina Online, os avanços na tecnologia de Fertilização ‘in vitro’ (FIV) significa que será possível produzir embriões com uma taxa de êxito de praticamente cem por cento e cultivá-los em instalações controlados por computador. O avanço irá aliviar a pressão sobre os casais que adiado a decisão de ter filhos até os seus trinta e quarenta, para seguir uma carreira.
A técnica poderá tornar-se rotineira, ou seja, em vez de recorrer ao sexo para se reproduzirem, as pessoas poderão ter a possibilidade de conceber através da fertilização, no caso de adultos jovens, que têm apenas uma em quatro hipóteses por mês para fazê-lo naturalmente.
Entre aqueles que têm mais de 35 anos, a possibilidade de conceberem cai até dez por cento. As técnicas modernas significam para os casais saudáveis uma excelente oportunidade. Segundo os autores do relatório, isto é apenas o começo. Os investigadores apontam que os avanços na reprodução artificial de animais, têm uma taxa de sucesso de quase cem por cento, na produção de embriões de gado e alegam que a tecnologia poderia ser facilmente adaptada para seres humanos.
Gabor Vajta, um veterinário brasileiro e autor principal do relatório, trabalhou com especialistas da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia e salientou que o tubo de ensaio de produção de embriões em bovinos foi cem vezes mais eficiente que os métodos naturais de criação de bezerros.
Técnicas como a injecção de esperma intra-citoplasmática, na qual um único espermatozóide é introduzido directamente no óvulo, já ultrapassaram os resultados de fertilização natural. Vatja afirma mesmo que “este método pode ser combinado com a investigação científica independente para desenvolver a solução ideal de nutrientes em que os embriões humanos devem ser cultivados”.
Fonte: rbmonline.com