Monsanto e a morte das abelhas: Estratégias para ocultar a responsabilidade. O problema da morte em massa das abelhas é tão grave que é necessário que tudo o que possa estar relacionado com o tema seja devidamente analisado.
Tal como se sabe que determinados insecticidas estão a matar as abelhas, também se está a averiguar até que ponto o milho geneticamente modificado poderá estar a ter consequências nefastas sobre as colonias.
Monsanto, a empresa responsável pela fabricação de produtos agrícolas tais como herbicidas e sementes geneticamente modificadas, comprou em Setembro de 2011 a corporação Beelogics, que se dedica ao estudo do problema da redução da população de abelhas. O lema da Beelogics é ”restaurar a saúde das abelhas e proteger o futuro da polinização dos insectos”.
É curioso que a Monsanto, que é acusada juntamente com a Bayer de comercializar produtos que estão a matar as abelhas, tenha comprado justamente uma importante organização que se dedica ao estudo deste problema.
Milhões de abelhas estão a morrer diariamente devido ao chamado Síndrome do Colapso das Colmeias (colony colapse disorder – CCD), que está presente nas abelhas que fazem a recolha do pólen das flores de plantas geneticamente modificadas.
Dois estudos, um britânico e outro francês, publicadas na «Science», apontam responsabilidades a uma classe de pesticidas amplamente utilizados: os neonicotinoides. Segundo os investigadores, estes desorientam os insectos ao ponto de ficarem incapazes de regressar à colmeia, reduz assim o tamanho das colónias e faz desaparecer as rainhas. A suspeita de que os insecticidas neonicotinoides estivessem implicados no CCD remonta a 2004.
Um outro estudo realizado pela Sociedade Argentina de Apicultores, detectou que o pólen de um milho transgénico, capaz de segregar a toxina insecticida Bt, actua diminuindo o tamanho das glândulas hipofaríngeas das abelhas obreiras adultas.
Por outro lado investigadores alemães, encontraram uma clara relação entre a proteína Bt dos cultivos transgénicos e os problemas digestivos das abelhas, principalmente no intestino grosso. Também se suspeita que terá sido nos Estados Unidos que começou o problema das abelhas, porque também terá sido ali que foram feitos as primeiras culturas transgénicas da Monsanto.
Esta frase supostamente atribuída a Einstein diz tudo: ” Se a abelha desaparecesse da superfície da Terra, o homem teria apenas quatro anos de vida”.
Fontes: Ecologismo e CiênciaHoje