Basicamente distinguem-se dois tipos de aplicações de energia solar fotovoltaica: os sistemas isolados ou autónomos e os sistemas ligados à rede.
O que é a energia solar fotovoltaica?
Consiste na conversão directa da luz solar em electricidade, mediante um dispositivo electrónico denominado “célula solar”; estas células interligam-se e agrupam-se em módulos que podem gerar 0,9Kwh/dia m² (aprox. 1,5m² por módulo).
Esta conversão da energia da luz em energia eléctrica é um fenómeno físico conhecido como efeito fotovoltaico. A radiação solar é captada pelos módulos fotovoltaicos, então estes geram energia eléctrica (efeito fotovoltaico) em forma de corrente continua.
Basicamente distinguem-se dois tipos de aplicações de energia solar fotovoltaica: os sistemas isolados ou autónomos e os sistemas ligados à rede.
Um factor muito importante é a orientação e a inclinação do painel fotovoltaico para que capte a maior energia possível.
Sistemas ligados à rede
Esta aplicação destina-se a ligar à rede uma instalação fotovoltaica e vender toda a energia produzida à companhia eléctrica, convertendo assim a nossa casa numa pequena central produtora domestica.
Nas instalações ligadas à rede, a energia eléctrica gerada pelos módulos é transformada em corrente alterna mediante um equipamento chamado inversor e é vertida na rede eléctrica de distribuição no ponto de ligação.
Regimes remuneratórios
Os clientes/ produtores têm acesso a dois regimes remuneratórios, regime geral e regime bonificado:
Regime Geral
O preço de venda de energia à rede pública é igual ao preço de compra: preço por kWh definido pela ERSE – Entidade Reguladora do Sector Energético e aplicável pela EDP Serviço Universal – Comercializador de Último Recurso.
Condições de acesso ao Regime Bonificado
No caso de uma instalação não integrada num condomínio:
A potência de ligação é limitada a 50% da potência contratada, com um máximo de 3,68kW;
Necessita de uma instalação de colectores térmicos para aquecimento de água na instalação de consume, com uma área mínima de 2m2 de colector.
No caso de uma instalação integrada num condomínio:
A potência de ligação é limitada a um máximo de 11,04kW;
Será realizada uma auditoria energética e implementadas as medidas de eficiência energéticas identificadas, no âmbito da realização da mesma.
O preço de referência é na nova legislação está previsto ser com a aprovação do novo decreto de lei em Setembro de 2010 de 0,40€/KWh nos primeiros 8 anos e de 0,24€/KWh nos restantes 7 anos do regime bonificado. As tarifas serão ajustadas anualmente com um de decréscimo de 0,20€/KWh ano
Após o período de 15 anos é aplicado o preço vigente no Regime Geral.
Razões pelas quais é interessante este tipo de sistemas
- Elevada qualidade energética.
- É uma energia limpa e renovável.
- Uma das soluções para os problemas das mudanças climáticas, pois contribui eficazmente para a redução das emissões de CO2.
Sistemas autónomos ou isolados
Estes sistemas têm como missão garantir um abastecimento de electricidade autónomo (independente da rede eléctrica pública) de consumidores ou moradias isoladas. Estas instalações não têm nenhuma limitação técnica quanto à potência eléctrica que podem produzir; apenas motivos de economia e rentabilidade estabelecem limites ao número de módulos e acumuladores a instalar.
Que aplicações são as mais normais a nível domestico?
- Pequenas instalações de iluminação em moradias (exterior e interior)
- Instalações de bombagem de agua de poços ou rega.
- Instalações em moradias nas quais é mais viável economicamente implementar uma instalação autónoma do que fazer a ligação à rede geral, normalmente por estarem longe desta.
Como planear a instalação?
Em primeiro lugar há que ter em conta qual o uso a dar na moradia onde se vai fazer a instalação, pois não é o mesmo se a moradia é de uso exclusivo para férias, para fins de semana ou para uso diário.
Depois, o importante é planificar os consumos que iremos ter (as nossas necessidades), já que não é o mesmo uma pequena instalação para iluminação de uma vivenda e uma moradia onde queremos por a trabalhar os electrodomésticos e outros aparelhos que habitualmente se utiliza (frigorífico, televisão, máquina de lavar roupa ou loiça, computadores, telefone, radio, etc.).
Para fazer isto, temos de saber os consumos em watts de cada aparelho eléctrico que tenhamos e multiplicar pelas horas de uso diário aproximadas, depois somamos tudo e saberemos assim quais são as nossas necessidades energéticas.
É muito importante a utilização de aparelhos de baixo consumo, pois desta forma podemos reduzir o consumo e também o custo da instalação.
Uma vez definido as necessidades energéticas, podemos dimensionar o tamanho do campo fotovoltaico.
O que é a autonomia?
Por autonomia entende-se, o número máximo de dias consecutivos nos quais a produção de energia nas condições absolutamente mais desfavoráveis (céu totalmente coberto), seria suficiente para cobrir as necessidades energéticas para as quais foi dimensionada a instalação.
É recomendável não dispor de outro meio que gere energia?
É quase imprescindível que a instalação seja planeada com um pequena instalação eléctrica de apoio, para garantir que nos dias de ausência de sol, a instalação não tenha problemas de abastecimento, de forma a que as baterias sejam mantidas num nível óptimo de carga, garantindo o fornecimento de energia.
E você tem ou está a pensar ter o seu painel fotovoltaico?