A cada cinco minutos são utilizadas dois milhões de garrafas de plástico apenas nos Estados Unidos. Não será difícil pensar que uma grande parte delas pertencem à Coca-Cola, e não estariam apenas cheias da bebida homônima, já que a famosa e poderosa marca comercializa outras, como é o caso da Fanta.
Tal quantidade de plástico acarreta emissões de carbono consideráveis e o design das garrafas PET em pouco ou nada ajuda.
Pela observação, lógica e simplicidade, um jovem estudante universitário inglês, Andrew Kim, propôs-se reinventar a garrafa de Coca-Cola, e com sucesso.
As garrafas de plástico ocupam demasiado espaço, não o aproveitando convenientemente, cheias ou vazias, e apesar de 100% recicláveis, apenas 50% das garrafas distribuídas chega a ser reciclada. Se pensarmos no transporte: camiões, contentores de navio, entre outros, são rectangulares… Então porque não dar essa mesma forma às garrafas?
É essa a solução genial de Andrew com o conceito ‘Eco Coke’, criado curiosamente como projecto no seu segundo semestre do ano de caloiro. Com um design minimalista, atraente, polido e com algo de futurista, esta embalagem ocupa menos espaço no transporte e no armazenamento. Quando cheia ocupa menos espaço do que as garrafas actualmente no mercado e pode ser empilhada, já que o topo e o fundo se encaixam na perfeição. Quando vazia, o seu volume reduz-se facilmente em 66%.
Ao factor espaço, e consequente incentivo à reciclagem, une-se outro factor verde: a nova garrafa é feita inteiramente de subprodutos da cana-de-açúcar, matéria-prima renovável, barata e com baixas emissões de dióxido de carbono e outros poluentes.
Em termos estéticos, ainda que com este novo formato, e até nova abertura numa posição não central para uma posição mais confortável ao beber, a marca gráfica é bem preservada e facilmente identificável. O mesmo produto, o mesmo sabor, um design actual, funcional, económica e ecologicamente viável.
Apesar das evidentes potencialidades deste conceito, e ainda que haja rumores nesse sentido, é ainda incerto se a Coca-Cola estará disposta a abdicar da componente historica da sua “consagrada” garrafa. A ideia é genial, e tanto a marca como o ambiente teriam muito a ganhar com ela.